Resenha: Razão e Sensibilidade - Jane Austen

 A primeira resenha literária do blog, que também se inclui no tema de primeiras vezes, é sobre Razão e Sensibilidade, da Jane Austen. Esse foi o primeiro romance da autora com o qual eu tive contato.

1ª publicação: 1811
Gênero: Romance
Autora: Jane Austen
Editora: Pé da Letra
Capa: Brochura

Sinopse do livro

O romance apresenta tramas bucólicos envolvendo as irmãs elinor e marianne dashwood, enquanto as duas aprendem a amar e a lidar com a perda e com as expectativas impostas por uma sociedade materialista, um ambiente onde quem tem fortuna e influencia se vê fadado a um destino infeliz. Com a vida completamente alterada, cada uma das irmãs buscam a felicidade ao seu modo - elinor mais racional e contida; marinne mais emotiva e romântica. E através desta dualidade que o leitor percorre os campos idílicos do interior da inglaterra e as mansões da aristocracia londrina a procura de um fina feliz que só e possível ao equilibrar a razão com a sensibilidade, um processo intenso e desafiador apresentado com um riqueza de detalhes por jane austen.

Enredo

O enredo começa contando do começo, sem querer parecer óbvia, mas era desse jeito que essa autora trabalhava, contextualizando tudo. Ela começava um livro contando quem era filho de quem, porque fulano era rico e ciclano era pobre, colocava os pingos nos "is", e é assim que Razão e Sensibilidade começa. Primeiro somos apresentados a um senhor solitário e de idade bastante avançada, ele tinha um parente - que no caso é o pai das protagonistas - e se afeiçoou a ele. Esse parente morava com ele, junto ao filho, fruto de seu primeiro casamento. Quando o senhor faleceu, sua fortuna foi para o parente, mas aí que vem o pepino, por causa das leis da época, quando o parente falece, a fortuna fica nas mãos do filho, o sr. Dashwood e ele, com sua terrível esposa Fanny, decidem dar nada para suas meias-irmãs. Frutos do segundo casamento.

Surge agora as nossas heroínas, antes ricas e agora pobres: Elinor - a razão, Marianne - a sensibilidade, a sra. Dashwood - a mãe e a pequena Margaret. 

Devido a esse parentesco, e sua atual situação, conhecemos os outros personagens da história como o gentil sr. Edward Ferrars - irmão mais velho de Fanny, o bondoso coronel Brandon e, chegando para mexer com o coração de Marianne, o sr. Willoughby.

Autora

Nascida em 16 de dezembro de 1775, Jane Austen era a sétima filha dentre oito filhos de um reverendo. Escrevia desde jovem e inicialmente usava o pseudônimo "a lady", em uma época em que muitos livros foram negligenciados por serem escritos por mulheres, ela fez questão de afirmar que suas histórias eram escritos por uma. Afrontosa que fala, né?

Apesar de escrever histórias românticas, Jane Austen nunca se casou, tivera dois noivados, ambos sem o famoso feliz para sempre.

Minha opinião

Confesso que sou suspeita para falar de qualquer obra dessa autora já que eu sou fã de carteirinha. Mas se é pra falar, vamos fazer direito.

Eu primeiro conheci o filme, versão de 1995 com atores de peso como Emma Thompson, Kate Winslet, Alan Rickman e mais. Descobri que era um livro bem depois. 

E o que dizer? A história é ótima, eu amo quando tem personagens que fazem um grande contraste, mas que ainda sim têm suas semelhanças. Mostra muito bem como cada um reage de uma forma à mesma situação.

Por ser um livro clássico, o ritmo é lento e faz alguns rodeios que hoje em dia não são muito queridos, mas isso não tira a qualidade da obra. O que eu talvez mais goste é em como a Jane traz um elenco "pobre" e um rico para mostrar o que cada um ganha das leis. Ela critica muito bem como a justiça naquela época era, na verdade, injusta. Favorecendo o parente homem (mesmo que seja um primo de centésimo grau) e os mais ricos.

E também como os personagens são humanizados. Tem uma cena em particular - a qual não vou contar para não dar spoiler - que no filme é mostrada de outra forma, e eu fiquei muito chocada em como aquilo afetou a minha percepção daquele personagem, não que eu tenha gostado do mesmo, mas mudou em meus olhos.

Curiosidades

Esse foi o primeiro livro de Jane Austen a ser escrito e foi publicado em 1811, muitos anos depois, já usando seu pseudônimo.

O livro era dividido em três volumes.

Além da versão de 1995, tem duas versões (uma latina e outra indiana), três séries de TV, foi uma das inspirações para a novela Orgulho e Paixão e, assim como Orgulho e Preconceito, ganhou um livro paródia intitulado Razão e Sensibilidade e Monstros Marinhos.

Classificação Indicativa: Livre

Citações

  • "Eles se entregaram totalmente à sua tristeza, buscando aumento de miséria em cada reflexão que pudesse permitir isso, e resolveram nunca admitir consolo no futuro."
    - Cap. 1
  • "As pessoas sempre vivem para sempre quando há uma anuidade a ser paga."
    - Cap. 2
Marca-página que eu fiz inspirado no livro

E aí, deu vontade de ler? E quem já leu, gostou?

Almofadas fofas pra vocês! ❤❤

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